terça-feira, 22 de abril de 2008

A love that´s for real

Não importa quantas histórias eu escreva, quantos personagens ou amores imaginário eu invente. Não importa quanto tempo faça ou quanta chuva caia. Não importa quem se molha ou quem lê. O fato é que eu penso em você o tempo todo, há muito tempo. Confesso que nunca lutei pra que isso não acontecesse, nem reprimi essa coisa que eu incisto em sentir. Isso me nutre.

Não controlo a caneta, nem mando na história. Sim, erro bastante porque aqui é real. Nessa hora não existe criação, teste de efeito, control z. Cada um dos beijos que eu lhe dei, das linhas que te escrevi, das mágoas que causei neste tempo todo. Cada uma delas foram reais como o amor sem fim que sinto.

Me desculpe se na vida eu sou tão tolo. Trocando os pés pelas mãos como a maioria dos heróis que crio. Me desculpe se às vezes eu não sei como fazer as coisas direito. A intenção, eu juro, é sempre a melhor. Nem de longe eu posso ser perfeito, nem quero. O que eu te prometo é que sou real, 100% fibra e sonho, com toda potência que eu possa gerar.

Como tudo na vida real, essa história machuca. Hora um, hora outro e eu consigo pensar num milhão de motivos para terminar aqui e não escrever nenhuma nova linha. A grande questão é que eu não quero. Eu acredito. Como tudo na vida real, o tempo faz bem e acalma os ânimos. Cedo ou tarde tudo pode mudar e eu vou estar aqui, sempre.

Vivo no silêncio, calando coisas que não posso falar. É muita intensidade, som e fúria. Não quero incomodar, mas é assim que eu sei amar de verdade. É só assim que eu sei sentir, sem limite e barulhento. Só preciso de corda e um norte, eu subo alto e te carrego comigo.

Por onde quer que eu vá, eu levo você no olhar.
Ah, se você ao menos soubesse...

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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Coincidência

Coincidências a parte, faz dois dias que amanhece chovendo.

;)

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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Eu sou a tempestade!

Eu entendo paixões como temporais, ambos cheios de som e fúria. Eu entendo paixões como grandes tempestades, com eletricidade de sobra e a sensação de que o mundo vai acabar. Eu entendo paixões intensas como terremotos. Tudo isso eu entendo.

Eu só não entendo coisas mais ou menos, gente indecisa. Eu não sei viver tranqüilo nem procuro calmarias. Eu quero mais e quero agora, entende? Seja quente ou seja fria, só não seja morna que eu te vomito.

Meu verso depende de força, de grito, de potência e de sonho. Toda a minha produção há de ser de amor e protesto até que eu consiga, transcrevendo palavras, despejar sobre o mundo toda a intensidade do que sinto aqui dentro.

Prazer, eu sou a tempestade. Quer se molhar?

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Quem é que escreve quem?

Eu escrevo histórias de todos os tipos. Já escrevi cartões de aniversário, convites de formatura, vídeos de casamento. Já esvrevi milhões de cartas de amor, próprias ou por encomenda, para conquistar ou remendar corações. Pela vida toda ouvi que manejava bem as palavras e isso, de uma forma ou outra, Se solidificou em mim. Reuniu, em torno do verso, areia e concreto e se tornou uma base para mim.

Outro dia me peguei pensando, entre um samba e outro, que não sei bem que é que escreve quem. Não sei até que ponto eu controlo a caneta, nem onde é que ela começa a me controlar. Sou um poço de histórias, vividas ou inventadas. Montei ao meu redor uma colcha de retalhos feitas de amores e desamores, dissabores que chegaram até mim. Conversas, livros, filmes, blogs. Decorei toda canção que é triste pra saber falar de amor, afinal é preciso um bocado de tristeza pra se fazer um samba bom.

Ingenuidade a minha de achar que eu poderia controlar a história. Sempre que é sobre minha vida a caneta ganha de mim, enrolando o enredo com milhares de pequenos assuntos, artifícios de autor para aumentar o suspense e esconder o final. Incabível que a minha história fosse diferente. Incabível que não houvesse conflito, que não houvesse desencontro, que não houvesse dúvida e dor.

Nessa história fico de mãos atadas, ávido por páginas novas, sem poder, só leitor.

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

A vida imita a arte...


A vida imita a arte, pequena inversão. Parece descuido mas é filosofia. Não por acaso, mostra um modo de viver. A vida imita a arte e é por isso que escrevo, que sangro, que sofro. É por isso que maltrato a alma para contar uma boa história. Sem receio, sem temor, com prazer.

A vida imita a arte e é por acreditar nisso que me inspiro em contar amores possíveis, histórias completas de luz e emoção. É por isso que gosto das canções mais tristes, dos retratos mais sinceros, do impossível por amor.

Ter contato com a beleza é função da arte e ela, discretamente, depura nossos sentidos. Nos familiariza e conecta com uma realidade concretamente mais interessante. Conhecer a beleza das coisas é a revelação em si. Dá mais sentido a tudo e mais vontade também.

Com o olhar treinado é mais fácil perceber a imensidão do belo, independente de onde esteja. Num gesto involuntário, num cinza muro triste, nos olhos nos olhos em silêncio sem ter nada pra dizer. Com o olhar treinado é mais fácil valorizar a vida, a luta por ela e o sacrifício em nome do amor.

É por a vida imitar a arte que quero perto de mim os livros mais belos, os comentários mais sinceros, os amigos aos milhões. Olha nos olhos, não é imitação. Vê pelos meus olhos e percebe, a beleza está aqui.

*** Na foto, Virgínia. Lutadora, bela e arte.

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